Sejam bem vindos!!!

"Reciclagem Conceitual"

Fazendo o teu olho enchergar a tua mente pensar teu cérebro raciocinar.
Despertando a tua inteligencia a descobrir e praticar o Amor de "dar", "doar-se" a cuidar da Vida como um sol a brilhar.
Levando-o humildemente retribuir cuidando do planeta fazendo seus sentimentos verdadeiramente mais felizes.
Isto e Amor de Amar.

Venham...vamos fazer Reciclaaação já!!!............... Charles sodniv

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Brasil ajudará NASA em missão sobre cinturões de radiação da Terra.


Brasil ajudará NASA na missão para estudar influências do Sol sobre a Terra
O Brasil terá uma participação fundamental na missão, que vai monitorar o Cinturão de Van Allen, um campo magnético ao redor do planeta. [Imagem: NASA]


Participação brasileira

Às 05h00 da madrugada desta sexta-feira, a NASA deverá lançar as duas sondas gêmeas da missão RBSP - Radiation Belt Storm Probes, sondas para medição de tempestades nos cinturões de radiação, em tradução livre.

O Brasil terá uma participação fundamental na missão, que vai monitorar o Cinturão de Van Allen, um campo magnético ao redor do planeta, descoberto em 1950.

Os dados obtidos pelas duas sondas também ajudarão a avançar os estudos sobre a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), um fenômeno da ionosfera localizado acima da região Sudeste, capaz de provocar danos aos satélites artificiais.

Satélite brasileiro vai estudar anomalia magnética no Atlântico
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que mantém parceria com a agência espacial norte-americana em estudos de clima espacial, a partir de novembro será responsável pela aquisição de dados da missão RBSP.

Cinturões de radiação

Para estudar as ondas eletromagnéticas e o cinturão de radiação, composto por duas faixas - uma localizada entre 2.200 e 5.000 quilômetros, e outra entre 13.000 e 55.000 quilômetros da superfície da Terra - as duas sondas da missão RBSP serão posicionadas em uma órbita equatorial, em uma faixa entre 500 quilômetros a até quase 40 mil quilômetros de altitude.

Os Cinturões de Van Allen consistem de partículas movendo-se em alta velocidade, cujo volume varia constantemente. As duas regiões representam uma parte crucial do clima espacial que vigora entre o Sol e a Terra, e em direção aos planetas mais externos.

As sondas da missão RBSP vão ajudar a determinar como as partículas movem-se ao longo dos cinturões, onde elas desaparecem e quais processos são responsáveis por suas energias e velocidades tão elevadas - existem dúzias de teorias competindo por essas explicações.

Influências sobre satélites

Após o período de calibração dos sensores das duas sondas, os dados começarão a ser transmitidos regularmente às estações terrestres, entre elas a do INPE, situada em Alcântara (MA).

Durante pelo menos dois anos, cientistas do mundo inteiro terão acesso às informações que permitirão, pela primeira vez, um monitoramento mais completo da AMAS e do fenômeno de precipitação de partículas elétricas que atinge a região.

"Estas sondas possuem sensores e instrumentos muito avançados. A missão permitirá a aquisição de informações mais precisas para monitorar o efeito das partículas elétricas do Cinturão de Van Allen na região da anomalia. Para se ter ideia das consequências do fenômeno, o satélite que passa nessa região precisa ter alguns equipamentos desligados para evitar problemas no seu funcionamento", explica Walter González, pesquisador da Divisão de Geofísica Espacial do INPE.
Brasil ajudará NASA na missão para estudar influências do Sol sobre a Terra
A Terra está envolta em cinturações de radiação, um localizado entre 2.200 e 5.000 quilômetros, e outro entre 13.000 e 55.000 quilômetros da superfície da Terra. [Imagem: NASA]
Clima espacial

Em setembro, o INPE receberá o líder da missão RBSP, David Sibeck, para discutir resultados de estudos sobre clima espacial e os impactos da AMAS e sua relação com as tempestades geomagnéticas.

Essas tempestades são causadas pela emissão de partículas muito energéticas e campos magnéticos muito intensos, ambos emitidos pelo Sol, que atravessam o meio interplanetário e interagem com o campo geomagnético da Terra.

O INPE mantém o Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE) para avaliar fenômenos que afetam o meio entre o Sol e a Terra, bem como o espaço em torno da Terra.

Fenômenos solares são capazes de causar interferências em sistemas como o GPS, além da possibilidade de induzir correntes elétricas em transformadores de linhas de transmissão de energia e afetar a proteção de dutos para transporte de óleo e gás.

Esses fenômenos são particularmente mais intensos no ambiente espacial brasileiro, devido à grande extensão territorial do país, distribuída ao norte e ao sul do equador geomagnético, à declinação geomagnética máxima e à presença da Anomalia Magnética do Atlântico Sul.
Inovação tecnológica.


Brasil adere a consórcio internacional de pesquisas marinhas.

Brasil adere a consórcio internacional de pesquisas marinhas
Cientistas e engenheiros brasileiros trabalharão a bordo do navio científico de perfuração JOIDES. [Imagem: John Beck]
Terra sólida abaixo da água

O Brasil juntou-se a um esforço internacional de pesquisas marinhas.

Agora, o consórcio IODP ( Integrated Ocean Drilling Program - Programa Integrado de Perfuração Oceânica) já conta com 26 países membros.

O objetivo do projeto é documentar as alterações ambientais no fundo do mar, monitorando e coletando amostras de várias partes dos oceanos em todo o planeta.

Como o nome do programa indica, uma das principais atividades consiste na perfuração do leito dos oceanos para coleta de amostras.

A bordo de navios científicos especializados em perfuração, os cientistas pretendem avançar na compreensão da Terra através da perfuração e coleta de testemunhos de sondagem, monitorando e documentando processos terrestres, ciclos da parte sólida da Terra, a biosfera de subsuperfície e a geodinâmica.
Brasil adere a consórcio internacional de pesquisas marinhas
Abaixo do convés, esta é a área do navio mais movimentada durante as expedições de perfuração e coleta de testemunhos de sondagem. [Imagem: John Beck]
Terremotos e tsunamis

A primeira expedição do IODP contando com pesquisadores brasileiros terá início no mês que vem, na costa da Costa Rica.

Os cientistas querem aprender mais sobre os processos que provocam terremotos de grande porte, eventualmente provocando tsunamis.

Eles farão isso investigando uma zona de subducção erodida, uma zona onde a crosta da Terra está retornando para o manto por uma erosão submarina - uma espécie de voçoroca marinha.

A associação do Brasil ao consórcio, patrocinado pela CAPES, permitirá o envio ao exterior de jovens pesquisadores, através do programa Ciência Sem Fronteiras.
Inovação tecnológica.



Avião robô promete revolucionar arqueologia.

Avião robô promete revolucionar arqueologia
O avião robô tem propulsão elétrica, alimentado por baterias, podendo ser lançado a mão ou decolar verticalmente, como um helicóptero. [Imagem: Anne Rayner/Vanderbilt University]

Arqueologia aérea

Juntando os resultados de amadores e cientistas profissionais, já se contam às centenas as descobertas arqueológicas feitas a partir do Google Maps.

Essa possibilidade de olhar tudo por cima previamente, antes de ir a campo para uma estação de escavação, permite não apenas selecionar melhor as áreas, como, muitas vezes, ir diretamente a locais já sabendo que há algo ali que vale a pena.

Mas Julie Adams e Steven Wernke, da Universidade de Vanderbilt, no Canadá, não se satisfizeram com as fotos feitas do espaço.

Descontentes com a demora na atualização das imagens e com a resolução das fotos de satélite feitas sobre as áreas de seu interesse, os dois arqueólogos estão embarcando para o Peru levando na mala nada menos do que um avião robô.

Mapa 3D

O avião - um veículo aéreo não tripulado semi-autônomo - fará o mapeamento de uma área que levaria anos para ser pesquisada pelos métodos normais.

"Leva de dois a três anos para mapear um sítio em duas dimensões," diz o professor Wernke, acrescentando que o avião fará o mesmo em alguns minutos e, além disso em 3D.

"O SUAVE vai mudar a forma como mapeamos grandes sítios, que levam várias estações para serem documentados usando as técnicas tradicionais. Ele nos dará imagens com resolução superior à dos melhores satélites artificiais, e vai gerar um mapa tridimensional detalhado," acrescenta.

Avião lançado a mão

Os algoritmos desenvolvidos para o projeto permitem que o sistema do SUAVE controle o padrão de voo para compensar fatores como velocidade do vento e ângulo do sol, além de detalhes fotográficos, como sobreposição e resolução das imagens.

O avião propriamente dito, é um modelo comercial, chamado Skate, com uma envergadura de asas de apenas 61 centímetros. Com propulsão elétrica, alimentado por baterias, o pequeno VANT pode ser lançado a mão ou decolar verticalmente, como um helicóptero.

"Você só precisa desembrulhá-lo, especificar a área que você precisa cobrir, e então lançá-lo," prossegue Wernke." Quando ele termina de capturar as imagens, ele pousa e as imagens são baixadas, montadas em um grande mosaico, e transformadas em um mapa."

Os testes estão sendo feitos no Peru, em um assentamento inca chamado Mawchu Llacta.
Inovação tecnológica.

Design de banheiro O segundo lugar coube ao projeto da Universidade Loughborough, no Reino Unido, cuja privada produz carvão biológico, minerais e água limpa. O terceiro lugar coube ao projeto dos engenheiros da Universidade de Toronto, no Canadá, cujo sistema também produz fertilizantes e água limpa. O Instituto Suíço de Ciência e Tecnologia Aquática recebeu a menção honrosa, graças ao design de seu toilet, considerada a privada mais bonita dentre as 22 que participaram da competição.

Sanitários ecológicos e autossuficientes não geram esgoto
A privada ecológica suíça ganhou o prêmio de melhor design.[Imagem: Eawag/EOOS]

Sanitário autossuficiente

Quando a Fundação Bill e Melinda Gates anunciou que queria reinventar a privada, a instituição provavelmente não esperava tantas ideias inovadoras para um dispositivo tão antigo.

O desafio é criar um sistema sanitário completo que dê jeito nos dejetos a um custo não superior a US$0,05 por dia por usuário, sem usar fossa séptica, sem produzir poluentes e sem depender de uma fonte externa de água.

Pode parecer muito, mas já existem propostas de todas as partes do mundo.

Além de elogiar e incentivar várias dessas ideias, a Fundação acaba de conceder financiamentos para o desenvolvimento de oito delas.

A primeira colocada, que receberá US$400.000 para desenvolvimento do protótipo, foi apresentada pela equipe de estudantes do professor Michael Hoffmann, da Universidade Caltech, nos Estados Unidos.

Banheiro sem esgoto

O projeto de sanitário autossuficiente usa um painel solar para alimentar um reator eletroquímico.

O reator quebra quimicamente os dejetos, produzindo fertilizantes e hidrogênio, que pode ser utilizado em uma célula a combustível para gerar eletricidade.


O projeto de privada solar não é tão bonito, mas mostrou-se mais eficiente. [Imagem: Caltech/Michael Hoffmann]
O reator também libera água, já devidamente limpa, embora não potável, que é reutilizada para dar a descarga. O excesso de água pode ser usado para irrigação.

Para evitar constrangimentos, os inspetores da Fundação Gates usaram quase 200 litros de uma pasta de soja e arroz para testar a privada-conceito ecológica. E funcionou.
Sanitários ecológicos e autossuficientes não geram esgoto
O projeto de privada solar não é tão bonito, mas mostrou-se mais eficiente. [Imagem: Caltech/Michael Hoffmann]

Design de banheiro

O segundo lugar coube ao projeto da Universidade Loughborough, no Reino Unido, cuja privada produz carvão biológico, minerais e água limpa.

O terceiro lugar coube ao projeto dos engenheiros da Universidade de Toronto, no Canadá, cujo sistema também produz fertilizantes e água limpa.

O Instituto Suíço de Ciência e Tecnologia Aquática recebeu a menção honrosa, graças ao design de seu toilet, considerada a privada mais bonita dentre as 22 que participaram da competição.
Inovação tecnológica.



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Animal microscópico é mais resistente que super-heróis.


O primeiro ser vivo a visitar o espaço não foi um cosmonauta, e sim um cachorro. Laika, uma Husky Siberiana, partiu para orbitar a Terra a bordo do Sputnik II, nave soviética lançada em 1957. Apesar de ter falecido na aventura, a cadela mostrou que os seres vivos podiam, sim, aguentar os efeitos da microgravidade.

A pioneira Laika, no entanto, ficou protegida na cápsula espacial. Os cientistas sempre assumiram que seria impossível um animal sobreviver exposto diretamente ao espaço.
 Essa façanha seria obtida apenas 50 anos depois da aventura de Laika, por um bichinho do qual nem todo mundo ouviu falar: a Tardigrada.

Na última segunda-feira, a Nasa mandou uma colônia deste pequeno animalzinho para fora do planeta, afim de estudar como um organismo pode manter a vida sob tais condições adversas.

“O animal mais resistente do mundo”

Este invejável título informal foi atribuído a Tardigrada não por acaso: também chamado de “urso d’água”, o bicho semelhante a um artrópode, cujo tamanho varia entre 0,3 e 0,5 milímetros, é pródigo em se adaptar a ambientes desfavoráveis.

A Tradigrada suporta temperaturas superiores a 150° C e inferiores a 200° C negativos, pressão equivalente a 6.000 mil vezes a atmosfera terrestre ou o vácuo absoluto, e radiação até mil vezes superior do que um ser humano pode receber.

Na Terra, a Tardigrada habita qualquer ambiente úmido em diferentes graus, desde o fundo dos mares tropicais até a neve no topo das geladas cordilheiras, a mais de 5.000 metros de altura. Havendo umidade, o animalzinho se adapta com facilidade ao ambiente. Não havendo, tem a capacidade de praticamente desligar seus processos biológicos, num estado de semimorte, mas sobrevive.

E este dispositivo é acionado quando a Tardigrada é exposta ao espaço. O metabolismo cai a 0,01% da sua intensidade original e a taxa de água no corpo é diminuída em cem vezes. Para sobreviver, ela se desidrata quase completamente. Em 2007, uma colônia de Tardigradas foi exposta ao espaço por dez dias, e todas voltaram vivas para contar a história: um marco.

A nova missão
O sucesso da sobrevivência das Tardigradas em 2007, em missão coordenada pela Agência Espacial Europeia, empolgou os cientistas.
Desta vez, é a Nasa que vai levar os “ursos d’água” para um passeio a bordo da nave Endeavour, que voou pela última vez em 2011.

Em sete diferentes experimentos, os pesquisadores pretendem testar a adaptabilidade biológica das Tardigradas no espaço, e descobrir mais precisamente quais são os processos celulares e moleculares envolvidos nas mudanças que o animal sofre para não morrer.

Embora elas tenham passado apenas dez dias no espaço na missão de 2007, cientistas calculam que uma Tardigrada poderia sobreviver durante anos sob os rigores de temperatura, pressão e vácuo total que o espaço oferece. Seria vital, portanto, entender como isso é possível.
Hypescience.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

É descoberta superfamília de insetos que realiza fotossíntese.


É descoberta superfamília de insetos que realiza fotossíntese.
     
Tudo indica que nossos livros de Biologia sofrerão nova revisão este ano, principalmente no que tange à diferenciação entre animais e vegetais.

Afinal foi confirmada a capacidade da superfamília dos afídeos de realizar fotossíntese de acordo com o artigo “Light- induced electron transfer and ATP synthesis in a carotene synthesizing insect” publicado na revista Nature desta semana pelos pesquisadores franceses Jean Christophe Valmalette, Aviv Dombrovsky, Pierre Brat, Christian Mertz,    Maria Capovilla e Alain Robichon.

Como antecipado aqui no Hypescience em maio de 2010, a superfamília dos afídeos, que incluem os pulgões apresentam características no mínimo desconcertantes. Além dessa suspeição de captar DNA de outros seres, são capazes de realizar partenogênese. Em outras palavras as fêmeas dessa superfamília procriam sem precisar de machos que as fecundem. Assim, as fêmeas podem nascer grávidas e depois parir essas crias que também nascem grávidas, e assim sucessivamente.

Agora, essa insólita superfamília figura também na galeria dos seres autotróficos. Em outras palavras são capazes de realizar a elaboração de nutrientes, de maneira análoga a das plantas, por meio de um processo muito similar ao da fotossíntese.

De acordo com o citado artigo da Nature esses insetos são os únicos entre os animais capazes de sintetizar pigmentos chamados carotenoides. Pigmentos esses, típicos de vegetais, responsáveis pela regulação do sistema imunológico e também pela elaboração de grupos de vitaminas, tais como a vitamina A, por exemplo.

Sem dúvida é uma adaptação singular do fenótipo dessa espécie de afídeo denominada “Pisum Acyrthosiphon”, com comportamento selecionado em condições de baixa temperatura e caracterizada por uma aparição notável de uma cor esverdeada que se altera para o amarelo-avermelhado.

A produção desses pigmentos carotenoides envolvem genes bem específicos responsáveis, por exemplo, pela ação de cloroplastos típicos dos vegetais e surpreendentemente presente no genoma do pulgão, provavelmente por transferência lateral durante a evolução.
A síntese abundante desses carotenoides em pulgões sugere um papel fisiológico importante e desconhecido muito além de suas clássicas propriedades antioxidantes.

O artigo relata a captura de energia luminosa durante o processo metabólico por meio da foto transferência de elétrons induzida a partir de cromóforos excitados. Os potenciais de oxirredução das moléculas envolvidas neste processo seriam compatíveis com a redução do NAD + coenzima. Em, outras palavras, um sistema fotossintético – que mesmo sendo rudimentar – é capaz de utilizar esses elétrons foto-emitidos no mecanismo mitocondrial a fim de sintetizar moléculas de ATP, ou seja, fornecer energia útil para sustentar o organismo em seu ciclo vital.

Além de modificar os conceitos clássicos em nossas aulas de Biologia essa descoberta promete elucidar, entre outros enigmas da ciência moderna, a forma como a vida tem evoluído em nosso planeta.
-o-
[Imagem: Pulgões - Acervo do Hypescience]

sábado, 18 de agosto de 2012

Prêmio Baixada 2012...Fórum Cultural da Baixada Fluminense




PRÊMIO BAIXADA 2012
Guapimirim - Apontando para a Cultura na Baixada Fluminense
Relação dos Finalistas

Conforme edital e regulamento publicados em nosso site, e após criteriosa análise, levando sempre em consideração as atuações na valorização e reconhecimento à nossa região e ao nosso povo, segue abaixo a relação dos finalistas e indicados que serão agraciados com as homenagens do Prêmio Baixada 2012, Menção Honrosa ou o troféu Prêmio Baixada.

Lembramos que a festa de entrega do Prêmio será no dia 23 de agosto, às 17 horas, no Grêmio Musical Guapiense, à Rua Professor Rocha Faria, n° 215 – Centro de Guapimirim.

Agradecemos a participação de todos e desejamos desde já boa sorte!

Baixada Fluminense – Guapimim, 15 de agosto de 2012.


Carlos Cahé
Presidente do Fórum Cultural da Baixada Fluminense

* * *

Relação dos Finalistas e indicados ao Prêmio Baixada 2012
ou Menção Honrosa

CATEGORIA
NOME
MUNICÍPIO
Artesanato
Stela Marcia Lopes
Guapimirim
Artes Cênicas / Dança
Iran do Nascimento Ribeiro
Nova Iguaçu
Artes Cênicas / Teatro
Grupo Cultural Cochicho na Coxia
Mesquita
Artes Cênicas / Teatro
Cenáculo Cia. Teatral
São João de Meriti
Artes Plásticas
Deneir de Souza Martins
Magé
Artes Plásticas / Escultura
José  Hermínio  da  Silva  Pereira
Guapimirim
Artes Plásticas
Amaury Santana
Duque  de Caxias
Artes Populares
Írio Ferreira Lima Jr.
Guapimirim
Cidadania
Associação Cultural Nascente Pequena
Guapimirim
Ciência
Otair Fernandes de Oliveira
Nova Iguaçu
Comunicação / Falada
Mary Monteiro
Mesquita
Comunicação / Televisada
Reinaldo Luis de Almeida Ozzolins
Guapimirim
Comunicação / Escrita
GEMTE - Grupo de Estudos em Marketing, Tecnologia e Ecologia
Nova Iguaçu
Educação
Marize Conceição de Jesus
Nova Iguaçu
Educação
Escola  Kreutz Ferreira
Nova Iguaçu
História
Divino de Oliveira
Duque de Caxias
Imagem / Fotografia
Paulo Roberto dos Santos
Nova Iguaçu
Imagem / Cinema
José Ricardo dos Santos Rodrigues
São João de Meriti
Literatura
Francisco Evandro de Oliveira (Farick)
Belford Roxo
Literatura
Fernanda Fernandes de Meireles
Nova Iguaçu
Literatura
Vinícius Fernandes da Silva
Mesquita
Meio Ambiente
APA Guapimirim
Gapimirim
Música
AMC - Associação do Movimento dos Compositores da Baixada Fluminense
São João de Meriti
Música
Bruna dos Santos Souto
Guapimirim
Música
Orquestra Som da Serra
Guapimirim
Produção Cultural
Projeto F.A.M.A.
Nova Iguaçu
Produção Cultural
Núcleo C3 - Cristãos Católicos em Comunicação
Duque de Caxias




Foi com muita satisfação que fomos contemplados Duas vezes por este prêmio Cultural da Baixa.

Sendo avaliado pelo nossos trabalhos de conscientização de reciclagem,como palestras, Cursos e Educação nas escolas publicas e ongs da Baixada.

                                    Charles o Reciclador - Categoria meio Ambiente - 2009 - 3º Colocado.






Charles o Reciclador - Categoria meio Ambiente - 2011 - 1º colocado.






E uma satisfação muito grande nossa, de termos reconhecido nosso trabalho voluntário que nós dedicamos
durante longos sete anos, sem nenhum apoio financeiro de governos ou Prefeituras trabalho por amor a nossa causa.

Agradecemos nossos familiares e amigos que nós apoiaram nesta causa de conservação do meio ambiente de todos nós, uma causa de verdade.

E agradecemos a equipe do fórum cultural da baixada fluminense pelo belíssimo trabalho incansável durante estes longos anos de dedicação a Cultura do Povo da baixada...Parabéns.

Charles Lopes da Silva - o Reciclador.

domingo, 12 de agosto de 2012

Será que as evidências garantem a existência de Jesus?


Jesus Cristo provavelmente é o homem mais famoso da Terra. Mas como sabemos que ele realmente caminhou por aqui? Apesar da insistência dos teólogos, as evidências científicas ainda não conseguiram garantir essa teoria.
OS PREGOS SAGRADOS
De tempos em tempos, alguém chega dizendo que descobriu o que seriam os pregos da cruz de Jesus. Mas isso não é novidade. Ainda em 1911, o professor Herbert Thurston contou quantos pregos eram venerados como os legítimos: 30, espalhados pela Europa.
Além disso, muitos pedaços de madeira aparecem como pertencentes à cruz sagrada, o suficiente para fabricar um barco sagrado.
MANTO SAGRADO
Talvez a relíquia religiosa mais famosa do mundo, o Sudário de Turim representaria o manto que encobriu Jesus após a morte. Com a imagem “fantasma” de um homem, ele é venerado por milhões de peregrinos que vão até a catedral de Turim, na Itália. Mas cientificamente falando, o manto é falso.
Análises de carbono realizadas no Sudário revelaram que ele não data do tempo de Cristo, mas do século 14. Coincidentemente, foi a época em que apareceu para o público. Em um documento do bispo Pierre d’Arcis, da França, de 1390, ele afirma que o Jesus do manto foi pintado e inclusive assinado pelo artista.
BANDANA DE SANGUE
Uma relíquia similar é o Sudário de Oviedo, um pano com machas de sangue que foi supostamente enrolado na cabeça de Cristo quando ele morreu, e que desde o ano 718 fica na catedral da Espanha. O sangue no sudário é do tipo AB, comum no Oriente Médio, mas não na Europa, levando muitos a acreditar que não é de Cristo. Também, Joe Nickerll, autor do livro “Relíquias de Cristo”, afirma que o Sudário foi datado com carbono muitas vezes, e sempre aparece como do ano 695, não muito antes de aparecer em Oviedo.
ESCRITAS MENTIROSAS
Setenta livros de metal foram descobertos em uma caverna no Jordão, no ano passado, e aclamadas como os documentos cristãos mais antigos. Supostamente datando de poucas décadas após a morte de Jesus, os religiosos as chamaram os códigos de a descoberta arqueológica mais importante da história.
Mas os códigos são falsos – uma série de dialetos anacrônicos e imagens forjadas nos últimos 50 anos. “A imagem que eles dizem se tratar de Cristo é o deus solar Hélio de uma moeda que veio da ilha de Rhodes”, afirma o arqueólogo de Oxford, Peter Thonemann. “Há também algumas inscrições sem sentido em hebraico e grego”.
MANUSCRITOS SAGRADOS
Uma das descobertas arqueológicas mais importantes realmente data da época de Jesus, e pode ou não evidenciar sua existência, dependendo de para quem você pergunta. Os Manuscritos do Mar Morto, encontrados em uma caverna de Israel, na década de 40, foram escritos entre 150 antes de Cristo e 70 depois de Cristo. Em um dos pontos, os documentos se referem a um “professor do caminho correto”. Alguns dizem se tratar de Jesus. Outros argumentam que poderia ser qualquer um.
COROA DE CRISTO
De acordo com os textos sagrados, antes de Jesus ser crucificado, os soldados romanos colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça. Muitos cristãos acreditam que o instrumento de tortura ainda existe hoje, dividido em pedaços pela Europa. Uma coroa quase completa está na Catedral de Notre Dame, em Paris. A história dessa coroa data de pelo menos 16 séculos, mas não chega até Cristo. E, além do mais, a de Notre Dame não possui espinhos.
O FAMOSO LIVRO
O melhor argumento em favor de Jesus como pessoa viva é, claro, a Bíblia Sagrada. Existem muitos detalhes diferentes em vários evangelhos, mas com o tempo, os teólogos conseguiram criar um perfil de Jesus.
“Nós sabemos algumas coisas sobre o Jesus histórico – menos do que alguns cristãos pensam, porém mais do que os céticos acham”, afirma Marcus Borg, estudioso da Bíblia, autor e professor aposentado de religião e cultura. “Apesar de alguns livros recentes argumentarem que Jesus nunca existiu, as evidências de que ele viveu são persuasivas para a maior parte dos estudiosos, sejam cristãos ou não”.
Inovação tecnológica.














Luva eletrônica amplifica sensibilidade de cirurgiões.


A pele eletrônica poderá colocar nas mãos dos médicos recursos que hoje exigem instrumentos cirúrgicos separados. [Imagem: John Rogers/UIUC]

Pele melhorada

Cientistas estão se preparando para construir luvas cirúrgicas eletrônicas, não apenas restaurando, mas ampliando a sensibilidade dos dedos dos cirurgiões.

E, mais do que isso, prometendo literalmente colocar em suas mãos recursos que hoje exigem instrumentos cirúrgicos separados.

Luvas são essenciais na quase totalidade dos procedimentos de saúde. Conseguir um equilíbrio entre sensibilidade e resistência, porém, não é uma tarefa fácil.

Agora, usando circuitos eletrônicos tão flexíveis que podem ser até esticados, os engenheiros poderão garantir a fabricação de luvas ultra-resistentes e, simultaneamente, melhorar a sensibilidade tátil necessária para operações delicadas.

A inovação é resultado de uma série de inovações desenvolvidas pela equipe do Dr. John Rogers, um pioneiro no campo da eletrônica flexível.

Sensibilidade eletrônica

Há cerca de seis meses, o grupo apresentou uma pele eletrônica ativa, capaz de monitorar e controlar a saúde.

Agora, eles apresentaram o que chamam de estimuladores eletrotácteis, circuitos eletrônicos e sensores que podem ser montados conjuntamente para formar uma espécie de "pele artificial", ou "pele eletrônica", ultra-sensível, capaz de prover sensibilidade suficiente para a ponta dos dedos.

Mas não se trata apenas de replicar o tato humano.

"Imagine a capacidade de sentir as propriedades elétricas do tecido, e então removê-lo prontamente, com precisão, tudo apenas com os dedos, usando luvas cirúrgicas inteligentes," disse Rogers.

"Alternativamente, ou talvez em acréscimo, o imageamento por ultra-som também pode ser possível," completa ele.

Os pesquisadores afirmam que sua pele eletrônica também terá ampla aplicação na robótica, não apenas entre os robôs cirurgiões, mas entre os robôs que precisam interagir com o ser humano.
A pele eletrônica pode conter vários tipos de sensores e atuadores, que poderão ser montados em camadas. [Imagem: Ying et al./Nanotechnology]

Dos dedos para o coração

O circuito flexível avalia pressão, estresse e tensão medindo alterações na capacitância - a capacidade de armazenar cargas elétricas - de pares de microeletrodos. As forças aplicadas sobre o circuito forçam sua deformação, alterando sua capacitância.

O "dedal eletrônico" apresentado agora também incorpora sensores para detectar movimento e temperatura, e poderá no futuro conter mecanismos de aquecimento que poderão ser usados para ablação e outras operações similares.

"Talvez o resultado mais importante é que conseguimos incorporar tecnologias multifuncionais à base de semicondutores de silício para formar peles macias, tridimensionais e de formato livre, adequadas para integração não só nas pontas dos dedos, mas também em outras partes do corpo," acrescentou o professor Rogers.

De fato, a equipe planeja agora criar uma pele eletrônica que possa ser integrada em outras partes do corpo, incluindo o coração.

Neste caso, o dispositivo deverá envolver a superfície do coração, como uma meia, para proporcionar várias funções de exame e atuação, sobretudo para o tratamento de arritmias cardíacas.

Bibliografia:

Silicon nanomembranes for fingertip electronics
Ming Ying, Andrew P Bonifas, Nanshu Lu, Yewang Su, Rui Li, Huanyu Cheng, Abid Ameen, Yonggang Huang, John A Rogers
Nanotechnology
Vol.: 23 (34): 344004
DOI: 10.1088/0957-4484/23/34/344004
Inovação tecnológica.



DNA dá nova vida à luz dos LEDs.


Comparação do LED tradicional (à esquerda) e do novo LED de DNA (à direita), que emite uma luz branca mais pura. [Imagem: James Grote]

DNA de salmão

O nome eletrônica orgânica sempre causa confusão, com os semicondutores à base de carbono sendo confundidos com coisas vivas.

Talvez agora a confusão aumente um pouco, uma vez que James Grote, da Universidade de Dayton, nos Estados Unidos, usou DNA para construir um LED.

E os ganhos não foram poucos: o LED de DNA tem uma luz mais agradável aos olhos humanos - é uma luz mais "quente" -, é mais brilhante, consome menos energia e tem uma vida útil mais longa.

Não se trata de nenhum "LED vivo", mas a mudança é inusitada: o pesquisador substituiu a camada fosforescente do LED, geralmente feita com uma mistura à base de epóxi, por uma camada de ácido desoxirribonucleico (DNA), processada a partir de ovas e esperma de salmão.

Esse DNA processado é um produto já disponível comercialmente, fabricado no Japão a partir de resíduos da indústria pesqueira.

Embora a produção seja pequena, mais voltada para pesquisas, o fato de usar como matéria-prima algo que é descartado pela indústria torna o material potencialmente muito barato.

LED de DNA

O mais surpreendente do resultado dessa substituição de epóxi por DNA é que a camada de epóxi não é exatamente o material ativo emissor de luz.

O LED de DNA continua sendo feito com o semicondutor nitreto de gálio, que emite luz azul.

Contudo, "a fluorescência do filme baseado em DNA é 100 vezes maior do que a fluorescência do filme original", diz o pesquisador.

"O DNA inicialmente era solúvel somente em água, assim ele foi primeiro precipitado com CTMA para torná-lo insolúvel em água, mas dissolúvel em solventes orgânicos. Depois de dissolver o DNA-CTMA em butanol, nós simplesmente misturamos [esse composto] com o pó de YAG:Ce," disse Grote.

CTMA é a sigla de cloreto de hexadeciltrimetilamônio. E YAG:Ce refere-se a um composto - a granada de alumínio-ítrio dopada com cério - usado para converter a luz originalmente azul do LED em luz branca.

Conversão de luz no LED

A luz originalmente azul emitida pelo semicondutor nitreto de gálio excita o YAG:Ce, fazendo com que uma parte da luz azul seja convertida para uma luz amarelada.

A luz amarela estimula os receptores vermelho e verde dos olhos, e a mistura resultante de azul e amarelo nos dá a impressão de estar vendo uma luz branca. Uma luz branco-azulada, na verdade, chamada de "luz fria", que não é a mais agradável aos olhos humanos.

O novo material à base de DNA converte a luz emitida pelo semicondutor em uma luz mais avermelhada, reduzindo ou até eliminando o componente azul, fazendo com que o LED emita uma luz branca "quente".

Além disso, a camada de DNA mostrou-se mais resistente à degradação do que a camada original, o que significa que o LED terá uma vida útil ainda maior.

Bibliografia:

A light-emitting diode using deoxyribonucleic acid
James Grote
SPIE Optics East 2006 Conference Proceedings
Vol.: Published online
DOI: 10.1117/2.1201208.004359
Inovação tecnológica.

Processador wireless: sem fios internos.


O chip wireless continuará tendo fios para as rotas de comunicação mais usadas. As vias menos usadas vão se comunicar por antenas. [Imagem: Drexel University]

Eliminando os nanofios

Aparelhos que se comunicam uns com os outros sem fios estão por toda parte.

Mas a Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos quer mais: a ideia é que os blocos internos dos processadores, e dos chips em geral, passem a se comunicar por ondas de rádio, eliminando a fiação interna do chip.

Isto será feito adicionando antenas de transmissão e recepção a cada um dos blocos do processador.

Os maiores ganhos serão a possibilidade de uma miniaturização ainda maior dos chips e, principalmente, a diminuição do calor gerado pelo trânsito dos elétrons em seu interior.

"Mais ou menos como acontece com o intestino humano, as interconexões com fios são muito longas, apesar da possibilidade de sua condensação em um espaço pequeno. O volume total de conexões necessárias para tornar um chip funcional exige uma área muito grande," explica o professor Baris Taskin, da Universidade de Drexel, encarregado de construir o chip wireless juntamente com seu colega Kapil Dandekar.

Rede wireless no chip

A equipe já elaborou o projeto de uma "rede dentro de um chip" que usa tanto antenas quanto interconexões por fios, otimizando a velocidade de comunicação e permitindo que o chip seja usado em plataformas novas e mais sofisticadas.

"Um chip híbrido que utiliza conexões tanto com, quanto sem fios, resulta em uma plataforma mais robusta," disse Taskin. "As interconexões com fios podem ser usadas como linhas de comunicação dedicadas entre as áreas que estão constantemente trocando dados. E as antenas podem eliminar uma série de interconexões com fios entre as rotas de comunicação menos usados dentro do chip."

Um dos elementos-chave para viabilizar a transformação desse design em um chip real é uma tecnologia de antenas reconfiguráveis, criada por Dandekar.

Problemas de rede

A utilização de radiofrequências para o transporte de dados tem uma vantagem sobre outras técnicas sem fios planejadas para a próxima geração de microchips, uma vez que as ondas de rádio podem viajar através dos sólidos.

Mas também tropeça nas mesmas dificuldades encontradas para o projeto de outras redes de comunicação: onde colocar as antenas, qual a frequência de transmissão a ser usada para evitar interferências, e como obter a maior banda possível, para que a rede não se torne um gargalo para os dados no interior do processador.

Os pesquisadores, contudo, afirmam que vale a pena enfrentar esses desafios, uma vez que as redes sem fios on-chip poderão ser prontamente usadas nos chips 3D.

Eles esperam ter seus primeiros protótipos funcionais dentro de cinco anos.

Outra alternativa para o mesmo problema são os processadores fotônicos, que trocam dados por luz, em vez de eletricidade. Eles poderão ser muito mais rápidos, mas não necessariamente terão um sistema de trânsito de dados mais simples.
Inovação tecnológica.

Combustível nuclear pode manter Curiosity em Marte por 14 anos.


Gerador nuclear MMRTG usado no robô marciano Curiosity. [Imagem: NASA]

Aventura em Marte

O desejo de conhecer o universo foi o motor para uma série de avanços tecnológicos, de sondas a foguetes, a quem impomos a missão de olhar para fora do nosso planeta.

A busca é uma aventura maior a cada quilômetro percorrido, em um espaço que se cogita infinito. Um novo módulo de pesquisa está agora aterrissado no solo do planeta que mais passou por especulações desde a "conquista" da Lua: Marte.

Curiosity é um veículo não tripulado que foi desenvolvido pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) para coletar amostras e imagens do solo e da atmosfera do planeta vermelho, assim como analisar e investigar possíveis evidências de que em algum momento poderia ter havido vida no planeta.

Isso se dá pela utilização de equipamentos altamente sofisticados e de enorme precisão, todos acoplados à estrutura do veículo - o nome completo da aventura é MSL (Mars Science Laboratory), ou Laboratório Científico de Marte: o robô Curiosity possui a bordo um laboratório completo, onde serão analisadas as amostras recolhidas por seu braço robótico.

Ao contrário dos robôs marcianos anteriores, alimentados por painéis solares e baterias, o Curiosity tem uma curiosidade a mais: uma fonte de energia nuclear.

Energia nuclear no espaço

O desenvolvimento de sistemas seguros que forneçam energia para alimentar equipamentos como o Curiosity é de fundamental importância quando falamos de um ambiente hostil tal qual o da superfície de um planeta estranho. Isso sem mencionar a distância que impede qualquer tipo de manutenção mais complexa por parte dos cientistas aqui na Terra.

Pensando no tempo de vida útil do Curiosity, a NASA implantou um sistema de produção de energia e calor baseado em energia nuclear.

Não que isso seja alguma novidade no campo das missões espaciais, afinal, o primeiro módulo a carregar um dispositivo nuclear foi lançado em 14 de Abril de 1969, na missão Nimbus III. Após esse empreendimento bem-sucedido, tivemos mais 16 missões, incluindo esta última para Marte.

A importância de um sistema que seja capaz de fornecer energia e calor aos equipamentos é de total relevância, e ele deve ser completamente independente de condições climáticas e externas. Nesse caso, um pequeno conjunto de dispositivos tornou-se a base para a geração de energia que alimentaria o Curiosity pelos próximos dois anos de trabalho.

O sistema utilizado nesta missão, desenvolvido exclusivamente para ela, é chamado de Gerador Termoelétrico por Radioisótopos Multi-Missão (MMRTG, do inglês Multi-Mission Radioisotope Thermoelectric Generator).

Ele é formado por uma série de dispositivos que trabalham em conjunto para gerar calor a partir de reações de decaimento natural do isótopo de Plutônio-238. Seu design foi criado para que ele possa ser operado em condições de extremo vácuo no espaço ou com atmosfera de um planeta.

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Os dispositivos trabalham para administrar o calor liberado nas reações nucleares de decaimento e assim gerar, por meio de módulos de conversão termoelétricos (termopares), a energia elétrica necessária para o funcionamento do veículo e seus equipamentos.

A energia termonuclear é produzida dentro dos módulos GPHS (General Purpose Heat Source). [Imagem: NASA]

Energia termonuclear

A energia termonuclear é produzida dentro dos módulos GPHS (General Purpose Heat Source).

Cada módulo contém conjuntos de pastilhas cerâmicas de dióxido de plutônio-238 (PuO2-238), responsáveis por alimentar as reações nucleares, em um total de 4,8 kg da substância.

Essas pastilhas são encapsuladas em uma proteção feita de irídio. As cápsulas de combustível são então armazenadas em uma caixa recoberta por tubos formados por fibra de carbono, e em seguida colocadas nos módulos GPHS.

Cada módulo GPHS foi desenvolvido para funcionar separadamente, fornecendo até 250 watts térmicos, mas também podem ser agrupados para trabalharem em conjunto, formando pilhas (stacks).

Os módulos usados no Curiosity têm a dimensão de 4 cm X 4 cm X 2 cm cada um, pesando cerca de um quilograma e meio. Sua engenharia de construção foi elaborada para dar prioridade à segurança do sistema, evitando vazamentos de material radioativo mesmo em possíveis acidentes com o veículo.

O sistema gerador MMRTG possui eficiência operacional de 6 a 7%, podendo produzir até 110 Watts elétricos de potência total. O fornecimento de calor pelo próprio gerador é uma das características que tornam o conjunto adequado para manutenção do veículo.

Computadores e analisadores precisam estar em uma faixa de temperatura de operação a ser mantida constante, independente das extremas variações de temperatura do planeta - o calor virá do processo de decaimento do plutônio armazenado nos módulos, mantendo a estabilidade térmica dos equipamentos.

Apesar da missão com o Curiosity ter um tempo de finalização calculado para 687 dias terrestres, o gerador de energia poderá ser mantido operante por cerca de 14 anos.
Inovação tecnológica.



Metamaterial focaliza ondas de som como a lente de uma câmera.


O metamaterial pode expandir ou encolher o feixe de ondas acústicas com um perda de energia e distorção da onda mínimas.[Imagem: Sz-Chin Steven Lin/Penn Stat]

Engenheiros projetaram um novo tipo de material artificial - um metamaterial - capaz de manipular uma ampla gama de ondas acústicas usando um único dispositivo muito simples.

O feito mereceu a capa da renomada revista Journal of Applied Physics.

A invenção irá beneficiar quase todas as aplicações sônicas e ultra-sônicas atuais, tais como exames médicos de ultra-som e testes ultra-sônicos não destrutivos.

Metamateriais sônicos

Metamateriais ópticos têm sido amplamente estudados para aplicações como mantos da invisibilidade e lentes perfeitas.

Embora ondas acústicas e ondas eletromagnéticas sejam muito diferentes, os princípios básicos dos metamateriais ópticos aplicam-se aos metamateriais acústicos.

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As estruturas artificiais, conhecidas como metamateriais, são criadas em padrões que curvam a onda acústica, direcionando-a para um ponto único.

Em seguida, a onda acústica é reorientada para formar um feixe que pode ser mais largo ou mais estreito, dependendo da direção de deslocamento.
Esquema do modificador de abertura sônico, formado por pinos de aço incorporados em uma matriz de epóxi. [Imagem: Sz-Chin Steven Lin et al./JAPL]

O dispositivo - tecnicamente um modificador de abertura acústico - foi construído com cristais fonônicos com índice de refração variável, um nome pomposo para uma matriz de pinos de aço incorporados em epóxi, segundo um padrão cuidadosamente calculado.

Os obstáculos - os pinos de aço - diminuem a velocidade da onda acústica, fazendo-a compor feixes curvos.

Terapias ultra-sônicas

Segundo Sz-Chin Steven Lin, idealizador do novo dispositivo, embora outros tipos de metamateriais acústicos também possam concentrar ou desfocar um feixe acústico, o novo aparelho possui a vantagem de ser pequeno e ter uma elevada conservação de energia.

Hoje, cientistas e médicos precisam de vários transdutores de tamanhos diferentes para produzir ondas acústicas com aberturas diferentes.

É algo parecido a ter que trocar as lentes de uma câmera para mudar a abertura da lente.

Com este novo metamaterial acústico, a abertura desejada poderá ser facilmente obtida apenas alterando o modificador de abertura acústico ligado ao transdutor.

O dispositivo também deverá permitir o desenvolvimento de novas terapias ultra-sônicas de alta intensidade mais precisas e mais eficientes.

Essa técnica não-invasiva de calor pode ser usada no combate a uma variedade de cânceres e doenças neurológicas.

Bibliografia:

Design of acoustic beam aperture modifier using gradient-index phononic crystals
Sz-Chin Steven Lin, Bernhard R. Tittmann, Tony Jun Huang
The Journal of Applied Physics
Vol.: 111 (12): 123510
DOI: 10.1063/1.4729803
Inovação tecnólogica.



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Bateria ar-ferro transforma ferrugem em energia.


"O ferro é barato e o ar é grátis. É o futuro," diz o Dr. Narayan sobre sua bateria ar-ferro. [Imagem: Dietmar Quistorf/USC]

Bateria ar-ferro transforma ferrugem em energia
Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/08/2012


"O ferro é barato e o ar é grátis. É o futuro," diz o Dr. Narayan sobre sua bateria ar-ferro. [Imagem: Dietmar Quistorf/USC]


Energia da oxidação

Deixe um pedaço de metal ao relento e você poderá acompanhar a rápida formação de uma camada de oxidação, mais conhecida como ferrugem.

Agora, engenheiros utilizaram esse mecanismo para desenvolver um tipo de bateria que só precisa do ar ambiente para extrair energia da oxidação de placas de ferro.

"O ferro é barato e o ar é grátis," afirma Sri Narayan, da Universidade do Sul Califórnia. Para ele, esse novo tipo de bateria "é o futuro".

O protótipo é capaz de armazenar energia por um período de 8 a 24 horas.

Parece pouco em comparação com as baterias normais, que, sem uso, podem levar meses para se descarregar totalmente.

Contudo, como têm o potencial para serem muito baratas, conjuntos dessas baterias seriam ideais para equipar fazendas eólicas e solares, armazenando energia e liberando-a em momentos de ventos fracos ou durante a noite, otimizando o suprimento da rede.

Bateria ar-ferro

O conceito das baterias ar-ferro é antigo. Houve muito interesse nelas durante a crise do petróleo, nos anos 1970.

Mas elas sofriam de uma deficiência crítica: além da oxidação, ocorre no interior da bateria ar-ferro uma reação que gera hidrogênio - a hidrólise - que absorve 50% da energia gerada, o que a torna ineficiente demais.

Narayan e seus colegas conseguiram reduzir essa perda para 4%, o que torna seu protótipo 10 vezes mais eficiente do que os anteriores.

O truque foi adicionar uma pitada de sulfeto de bismuto à bateria ar-ferro - o bismuto inibe quase totalmente a reação de geração de hidrogênio.

E o bismuto é mais seguro do que outras alternativas que também funcionaram, como o mercúrio e o chumbo.

Baterias de ar-lítio recebem uma nova carga
Bibliografia:

A High-Performance Rechargeable Iron Electrode for Large-Scale Battery-Based Energy Storage
Aswin K. Manohar, Souradip Malkhandi, Bo Yang, Chenguang Yang, G. K. Surya Prakash, Sri R. Narayan
Journal of The Electrochemical Society
Vol.: 159, issue 8, A1209-A1214
DOI: 10.1149/2.034208jes
Inovação Tecnológica.

Como evitar armadilhas na eletrônica de plástico.


Os elétrons caem nas armadilhas dos semicondutores orgânicos porque elas têm um nível menor de energia.[Imagem: Gert-Jan Wetzelaer/University of Groningen]

Como evitar armadilhas na eletrônica de plástico

Os elétrons caem nas armadilhas dos semicondutores orgânicos porque elas têm um nível menor de energia.[Imagem: Gert-Jan Wetzelaer/University of Groningen]


Armadilha para elétrons

A "eletrônica de plástico", ou eletrônica orgânica, tem uma série de vantagens em relação à eletrônica do silício.

Os circuitos eletrônicos de plástico são flexíveis, podem ser transparentes, consomem pouquíssima energia e são fabricados por impressão, o que significa que eles saem muito mais baratos.

Mas, então, por que não migrarmos já para os componentes eletrônicos orgânicos, a exemplo do que já está sendo feito com os LEDs, que estão virando OLEDs (LEDs Orgânicos)?

O problema é uma armadilha, assim literalmente chamada pelos engenheiros, para explicar a existência de estruturas que aprisionam as cargas elétricas - os elétrons - dentro dos plásticos semicondutores, derrubando sua eficiência.

O problema é que ainda se sabe pouco sobre essas "armadilhas para cargas elétricas".

Semicondutores de plástico

Agora, uma equipe internacional descobriu um mecanismo que parece operar em todos os casos, o que poderá permitir o projeto de componentes eletrônicos orgânicos livres de armadilhas.

Os semicondutores de plástico são feitos de polímeros à base de carbono - daí o "orgânico" em sua designação.

"Nós resolvemos esse quebra-cabeças comparando as propriedades das armadilhas em nove polímeros diferentes," explica Herman Nicolai, da Universidade de Gronigen, na Holanda. "A comparação revelou que as armadilhas em todos os materiais têm um nível de energia similar."

Esse nível de energia ocorre dentro do chamado "hiato proibido de energia", e equivale ao produzido por um complexo água-oxigênio, que pode estar sendo introduzido durante o processo de fabricação.
Os diodos emissores de luz orgânicos (OLEDs) poderão brilhar muito mais, sem gastar mais energia, com plásticos semicondutores sem "armadilhas". [Imagem: Herman Nicolai/University of Groningen]

Hiato de energia

O hiato de energia representa a diferença em energia da camada externa, na qual os elétrons circulam no seu estado fundamental, e o orbital de alta ordem, para o qual eles são movidos para transportar a carga ao longo do material.

Quando um elétron transportador, em movimento, passa por uma armadilha que está dentro do nível de energia, ele cai lá dentro porque a armadilha tem um nível de energia mais baixo.

"Mas se os químicos puderem projetar polímeros semicondutores nos quais a armadilha de energia esteja acima do orbital mais elevado onde os elétrons se movem, eles nunca cairão lá dentro," disse Nicolai.

E, com o novo trabalho, os químicos já podem fazer isso, projetando suas novas moléculas com os níveis de energia adequados. Os pesquisadores afirmam que os benefícios mais imediatos virão para os OLEDs e para as células solares orgânicas.

Bibliografia:

Unification of trap-limited electron transport in semiconducting polymers
H. T. Nicolai, M. Kuik, G. A. H. Wetzelaer, B. de Boer, C. Campbell, C. Risko, J. L. Brédas, P. W. M. Blom
Nature Materials
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nmat3384
Inovação tecnológica.